domingo, 15 de julho de 2012

Roteiro de Viagem de Estudo as Missões

Município de Santo Ângelo, a capital das Missões Jesuíticas.

·         Igreja Matriz de Santo Ângelo - A Catedral Angelopolitana está situada no município de Santo Ângelo è a principal atração turística da cidade. O início de suas obras data de 1929 e seu estilo lembra o templo da redução de São Miguel Arcanjo. Seu estilo é neoclássico, com arcos, colunetas, molduras e ornamentação. Está localizada no mesmo lugar da igreja da redução de Santo Ângelo Custódio. Há no alto do pórtico imagens esculpidas em pedra grês, representando os santos padroeiros dos Sete Povos das Missões: São Borja, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São João Batista, São Lourenço Mártir, São Miguel Arcanjo e Santo Ângelo Custódio (Santo Anjo da Guarda). No seu interior, abriga uma imagem em madeira de Cristo morto, de origem missioneira, em tamanho natural, datada de 1740 e esculpida em cedro.



·         A Praça Pinheiro Machado se localiza em frente a Catedral Angelopolitana. Em 2006, foram feitas escavações arqueológicas em torno da Catedral e na Praça Pinheiro Machado. As escavações demonstraram a existência de inúmeros materiais utilizados no tempo da redução jesuítica. Além disso, foi descoberto parte do piso da redução.



·         O Museu Municipal Dr. José Olavo Machado é o principal museu do município de Santo Ângelo. Está localizado no centro histórico da cidade, nas proximidades da Prefeitura Municipal e da Catedral Angelopolitana.  O prédio onde está instalado foi residência do último intendente e primeiro prefeito municipal, Dr. Ulisses Rodrigues. O museu abriga valiosos materiais do período jesuítico-guarani, além de uma maquete da antiga redução de Santo Ângelo Custódio.




Município de São Miguel das Missões

·         Pórtico Pórtico de Acesso ao Município – RS 536 - O Pórtico de São Miguel das Missões é um ato de homenagem ao povo guarani, aos jesuítas e a todos que participaram do processo de colonização de formação de uma cultura nobre e única, que é a cultura missioneira. Localizado a 16 km da sede do Município, o pórtico possui esculturas que representam São Miguel Arcanjo, Pe. Jesuíta e o Cacique Sepé Tiarajú – A frase dita por Sepé Tiarajú na Guerra Guaranítica esta escrita em guarani – CO YVY OGUERECO YARA (Esta terra tem dono).




·         O Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo é um conjunto de ruínas da antiga redução de São Miguel Ancanjo, integrante dos chamados Sete Povos das Missões, e um dos principais vestígios do período das Missões Jesuíticas dos Guarani em todo o mundo. O sítio, comumente chamado de ruínas de São Miguel das Missões, é considerado Patrimônio Mundial pelo UNESCO, juntamente com as ruínas no lado argentino de San Ignacio Miní, Santa Ana, Nossa Senhora de Loreto e Santa María Mayor, desde 1983. A construção foi edificada no século XVIII, entre 1735 e 1745. A Igreja foi projetada pelo arquiteto italiano Gean Batista Primolli e construida inteiramente em pedre grês. Não foi finalizada, pois faltou ser construída a segunda torre, que seria o observatório astronômico, possuía três naves com cinco altares dourados, com uma torre contendo cinco sinos.

Cruz Missioneira: Em todas as reduções missioneiras ergue-se a cruz. A maior e original, porém, está na praça fronteira ao templo de São Miguel. De belas proporções arquitetônicas, perto do museu, um cruzeiro vistoso, o que a chamam de a cruz de São Miguel. Mas essa cruz vem sendo chamada no Rio Grande do Sul simplesmente de "a cruz missioneira". A diversidade de nome que se tem dado a essa cruz importa em especial estudo e um tanto de incertezas. Pois para além dos onomásticos "Cruz das Missões", ocorrem com mais frequência os seguintes: "Cruz de Lorena", "Cruz de Borgonha”. Houve quem dissesse simplesmente tratar-se de uma réplica da "Cruz de Caravaca", sendo Caravaca uma cidade na Província de Múrcia, na Espanha. Embora os estudos indiquem a origem da Cruz Missioneira como a Cruz de Caravaca, ela já incorporou ao imaginário do povo rio-grandense como o símbolo máximo da espiritualidade da região das Missões. O seu significado segue sendo o de proteção e é ofertada, em forma de relíquia peitoral, ou pedestal, àquelas pessoas que se querem bem. Os dois braços, que representam a distinção arquiepiscopal ou patriarcal, para diferir da cruz de apenas um braço, são interpretados pela compreensão popular como uma representação da fé redobrada.



·         Musseu das Missões: Foi projetado por Lúcio Costa. O Museu é hoje um marco que contém a mais rica coleção pública de imagens de rara beleza, recolhida por João Hugo Machado entre 1939 e 1940. As imagens variam de tamanhos, indo de 15 cm a 2,20 m. É uma das principais obras do Modernismo no Rio Grande do Sul. Seu projeto é uma reinterpretação do que seriam as casas indígenas missioneiras, com avarandados e telhas de barro, utilizando pedras das antigas edificações. Conta com o principal acervo de imaginaria Barroco-Missionera do Brasil, são 90 imagens talhadas em madeira policromada, também possui sinos, pias batismais e de água benta e fragmentos de pedras trabalhadas entre outros legados. A criação do museu foi uma das primeiras iniciativas do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, hoje IPHAN. Em 1937 foi criado o SPHAN e, no mesmo ano, o arquiteto Lucio Costa foi enviado ao Rio Grande do Sul para analisar os remanescentes dos Sete Povos das Missões e propor providências. Uma de suas propostas foi a de criar um museu para abrigar a estatuária missioneira dispersa pela região. Em 1938, os remanescentes do povoado de São Miguel e o prédio do museu foram tombados como Patrimônio Nacional e, em 1940, o Museu das Missões foi oficialmente criado. Entre 1938 e 1940, o arquiteto Lucas Mayerhofer dirigiu as obras de estabilização na Igreja de São Miguel, a construção do prédio do museu e o ficou encarregado do recolhimento das obras de estatuária.


·         Sino: Está no Museu das Missões, foi feito na Redução de São João Batista, estava na torre da Igreja de São Miguel Arcanjo.
A Praça estava localizada em frente às igrejas, eram feitas as apresentações teatrais, conhecidas como autos sacros. Entre eles existe o texto do Drama de Adão, uma encenação tipo ópera, provavelmente cantada em guarani. Também existem registros da dança nas missões.
Antiga Sacristia: Restaurada em 1983 a antiga Sacristia da Igreja da Redução de São Miguel Arcanjo possui uma maquete da redução e um vídeo que através da informatização podemos visualizar e obtermos informações sobre o plano urbano adotado nas reduções.
Colégio: As salas de aula não ultrapassavam de 20 alunos. O sistema usado era o de monitores. Só os meninos estudavam, as meninas aprendiam artes como bordar, costurar e tecelar.
Oficinas: Nas reduções tinham várias oficinas, da escultura, pintura, música, tecelagem, ourives, madeira, metais, barro, couro, algodão e os pigmentos. Eram produzidos os instrumentos e utensílios utilizados nas construções e na vida cotidiana.
Cemitério: Cemitério dos índios estava localizado à direita da igreja. Era dividido em quatro alas separadas por caminhos que se cruzavam no seu centro. Os mortos eram divididos segundo o sexo e a idade de falecimento. Havia uma ala para os homens, outra para as mulheres, uma terceira para os meninos e a última para as meninas.
Quinta. Local da horta e do pomar onde eram introduzidas e adaptadas espécies vegetais trazidas da Europa e plantadas as espécies nativas com fins de domesticação. Isso era feito com a supervisão do jesuíta e também servia para iniciar os jovens índios ao ritmo do trabalho cristão, localizava-se atrás da igreja.
Cotiguaçu: Casa grande onde viviam as viúvas que tinham tarefas, uma delas era cuidar dos órfãos.
Casas: As casas dos índios localizavam-se ao redor da praça, possuíam seus alpendres e avarandados.
Hospedaria: Localizada ao lado das oficinas, tinha a finalidade de hospedar viajantes de outras reduções.
Fonte Missioneira: Descoberta em 1982 e restaurada em 1983, está localizada a 1 km do Sítio Arqueológico. Esta era uma das 7 fontes que abasteciam a redução. A Fonte Missioneira é outro elemento fundamental do Patrimônio de São Miguel. Foi construída durante o período reducional. Feita de arenito com paredes de pedras retangulares, composta de duas bacias em níveis diferentes, sendo uma delas esculpida com três figuras, uma se encontra danificada. A água que serve esta fonte vem conduzida desde a nascente por um duto subterrâneo de pedra.
Espetáculo Som e Luz: Criado em 1978, trata-se de uma narrativa da história das Missões Jesuitico - Guarani contada através de efeitos de som e luzes. Narra em 48 minutos o nascimento, desenvolvimento e o fim da civilização criada no Rio Grande do Sul por padres jesuitas e indios guarani. Texto e roteiro de Henrique Grazziotin Gazzana e as vozes de Liam Duarte, Paulo Gracindo, Armando Bógus, Fernanda Montenegro, Maria Fernanda, Juca de Oliveira e Rolando Boldrin.

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