Município de Santo Ângelo, a capital das Missões
Jesuíticas.
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Igreja
Matriz de Santo Ângelo - A Catedral Angelopolitana está situada no município
de Santo Ângelo è
a principal atração turística da cidade. O início de suas obras data de 1929 e
seu estilo lembra o templo da redução de São Miguel Arcanjo. Seu estilo é neoclássico, com arcos, colunetas,
molduras e ornamentação. Está localizada no mesmo lugar da igreja da redução de
Santo Ângelo Custódio. Há no alto do pórtico imagens esculpidas em pedra grês,
representando os santos padroeiros dos Sete Povos das Missões: São Borja, São
Nicolau, São Luiz Gonzaga, São João Batista, São Lourenço Mártir, São Miguel
Arcanjo e Santo Ângelo Custódio (Santo Anjo da Guarda). No seu interior, abriga
uma imagem em madeira de Cristo morto, de origem missioneira, em tamanho
natural, datada de 1740 e esculpida em cedro.
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A Praça Pinheiro
Machado se localiza em frente a Catedral Angelopolitana. Em 2006, foram
feitas escavações arqueológicas em
torno da Catedral e na Praça Pinheiro Machado. As escavações demonstraram a
existência de inúmeros materiais utilizados no tempo da redução jesuítica. Além
disso, foi descoberto parte do piso da redução.
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O Museu Municipal Dr. José Olavo Machado é o
principal museu
do município de Santo Ângelo. Está localizado no centro
histórico da cidade, nas proximidades da Prefeitura Municipal e da Catedral Angelopolitana. O prédio onde está instalado foi residência
do último intendente e primeiro prefeito municipal, Dr. Ulisses Rodrigues. O
museu abriga valiosos materiais do período jesuítico-guarani, além de uma
maquete da antiga redução de Santo Ângelo Custódio.
Município de São Miguel das Missões
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Pórtico
Pórtico
de Acesso ao Município – RS 536 - O Pórtico de São Miguel das Missões é um ato de
homenagem ao povo guarani, aos jesuítas e a todos que participaram do processo
de colonização de formação de uma cultura nobre e única, que é a cultura
missioneira. Localizado a 16 km da sede do Município, o pórtico possui
esculturas que representam São Miguel Arcanjo, Pe. Jesuíta e o Cacique Sepé
Tiarajú – A frase dita por Sepé Tiarajú na Guerra Guaranítica esta escrita em
guarani – CO YVY OGUERECO YARA (Esta terra tem dono).
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O Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo é um
conjunto de ruínas da antiga redução de São Miguel Ancanjo, integrante dos
chamados Sete Povos das Missões, e um dos
principais vestígios do período das Missões
Jesuíticas dos Guarani em todo o mundo. O
sítio, comumente chamado de ruínas de São Miguel das Missões, é
considerado Patrimônio Mundial pelo UNESCO, juntamente com as ruínas no lado argentino
de San Ignacio Miní, Santa Ana,
Nossa Senhora de Loreto e Santa María Mayor, desde 1983. A construção foi
edificada no século XVIII, entre 1735 e 1745. A Igreja foi projetada pelo arquiteto italiano Gean Batista
Primolli e
construida inteiramente em pedre grês. Não foi finalizada, pois faltou ser
construída a segunda torre, que seria o observatório astronômico, possuía três naves com cinco
altares dourados, com uma torre contendo cinco sinos.
Cruz
Missioneira: Em
todas as reduções missioneiras ergue-se a cruz. A maior e original, porém, está
na praça fronteira ao templo de São Miguel. De belas proporções arquitetônicas,
perto do museu, um cruzeiro vistoso, o que a chamam de a cruz de São Miguel.
Mas essa cruz vem sendo chamada no Rio Grande do Sul simplesmente de "a cruz missioneira". A diversidade
de nome que se tem dado a essa cruz importa em especial estudo e um tanto de
incertezas. Pois para além dos onomásticos "Cruz das Missões",
ocorrem com mais frequência os seguintes: "Cruz de Lorena",
"Cruz de Borgonha”. Houve quem dissesse simplesmente tratar-se de uma
réplica da "Cruz de Caravaca", sendo Caravaca uma cidade na Província
de Múrcia, na Espanha. Embora os estudos indiquem a origem da Cruz Missioneira
como a Cruz de Caravaca, ela já incorporou ao imaginário do povo rio-grandense
como o símbolo máximo da espiritualidade da região das Missões. O seu
significado segue sendo o de proteção e é ofertada, em forma de relíquia
peitoral, ou pedestal, àquelas pessoas que se querem bem. Os dois braços, que
representam a distinção arquiepiscopal ou patriarcal, para diferir da cruz de
apenas um braço, são interpretados pela compreensão popular como uma representação
da fé redobrada.
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Musseu
das Missões: Foi projetado por Lúcio Costa. O Museu é hoje um marco que contém
a mais rica coleção pública de imagens de rara beleza, recolhida por João Hugo
Machado entre 1939 e 1940. As imagens variam de tamanhos, indo de 15 cm a 2,20
m. É uma das
principais obras do Modernismo no Rio Grande do Sul. Seu projeto é uma
reinterpretação do que seriam as casas indígenas missioneiras, com avarandados
e telhas de barro, utilizando pedras das antigas edificações. Conta com o
principal acervo de imaginaria Barroco-Missionera do Brasil, são 90 imagens
talhadas em madeira policromada, também possui sinos, pias batismais e de água
benta e fragmentos de pedras trabalhadas entre outros legados. A
criação do museu foi uma das primeiras iniciativas do Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, hoje IPHAN. Em 1937 foi criado o SPHAN e,
no mesmo ano, o arquiteto Lucio Costa
foi enviado ao Rio Grande do Sul para analisar os remanescentes dos Sete Povos das Missões e propor
providências. Uma de suas propostas foi a de criar um museu para abrigar a estatuária
missioneira dispersa pela região. Em 1938, os remanescentes do povoado de São Miguel e o prédio do
museu foram tombados como Patrimônio Nacional e, em 1940, o Museu das Missões
foi oficialmente criado. Entre 1938 e 1940, o arquiteto Lucas Mayerhofer dirigiu
as obras de estabilização na Igreja de São
Miguel, a construção do prédio do museu e o ficou encarregado do
recolhimento das obras de estatuária.
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Sino: Está no Museu das Missões, foi feito na Redução de São João
Batista, estava na torre da Igreja de São Miguel Arcanjo.
A Praça estava localizada
em frente às igrejas, eram feitas as apresentações teatrais, conhecidas como
autos sacros. Entre eles existe o texto do Drama de Adão, uma encenação tipo
ópera, provavelmente cantada em guarani. Também existem registros da dança nas
missões.
Antiga
Sacristia: Restaurada em 1983 a
antiga Sacristia da Igreja da Redução de São Miguel Arcanjo possui uma maquete
da redução e um vídeo que através da informatização podemos visualizar e
obtermos informações sobre o plano urbano adotado nas reduções.
Oficinas: Nas reduções tinham várias oficinas, da escultura, pintura,
música, tecelagem, ourives, madeira, metais, barro, couro, algodão e os
pigmentos. Eram produzidos os instrumentos e utensílios utilizados nas
construções e na vida cotidiana.
Cemitério: Cemitério dos índios estava localizado à direita da igreja.
Era dividido em quatro alas separadas por caminhos que se cruzavam no seu centro.
Os mortos eram divididos segundo o sexo e a idade de falecimento. Havia uma ala
para os homens, outra para as mulheres, uma terceira para os meninos e a última
para as meninas.
Quinta. Local da horta e do pomar onde eram introduzidas e adaptadas
espécies vegetais trazidas da Europa e plantadas as espécies nativas com fins
de domesticação. Isso era feito com a supervisão do jesuíta e também servia
para iniciar os jovens índios ao ritmo do trabalho cristão, localizava-se atrás
da igreja.
Cotiguaçu: Casa grande onde viviam as viúvas que tinham tarefas, uma
delas era cuidar dos órfãos.
Casas: As casas dos índios localizavam-se ao redor da praça,
possuíam seus alpendres e avarandados.
Hospedaria: Localizada ao lado das oficinas, tinha a finalidade de
hospedar viajantes de outras reduções.
Fonte
Missioneira: Descoberta
em 1982 e restaurada em 1983, está localizada a 1 km do Sítio Arqueológico.
Esta era uma das 7 fontes que abasteciam a redução. A Fonte Missioneira é outro
elemento fundamental do Patrimônio de São Miguel. Foi construída durante o
período reducional. Feita de arenito com paredes de pedras retangulares, composta
de duas bacias em níveis diferentes, sendo uma delas esculpida com três
figuras, uma se encontra danificada. A água que serve esta fonte vem conduzida
desde a nascente por um duto subterrâneo de pedra.
Espetáculo
Som e Luz: Criado
em 1978, trata-se de uma narrativa da história das Missões Jesuitico - Guarani
contada através de efeitos de som e luzes. Narra em 48 minutos o nascimento,
desenvolvimento e o fim da civilização criada no Rio Grande do Sul por padres
jesuitas e indios guarani. Texto e roteiro de Henrique Grazziotin Gazzana e as
vozes de Liam Duarte, Paulo Gracindo, Armando Bógus, Fernanda Montenegro, Maria
Fernanda, Juca de Oliveira e Rolando Boldrin.
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